HELL DIVINE: Review: Artillery

Por Pedro Humangous

Alguém, por favor, segura um vocalista nessa banda! O que será que acontece nesse posto no Artillery? O novo álbum conta com um lineup diferente, com a entrada de Michael Bastholm Dahl nos vocais e Josua Madsen na bateria. Com isso, “Legions” já traz uma roupagem diferente, um Thrash Metal bastante limpo e melodioso, com vocais agressivos e limpos. Mas isso de forma alguma tirou o peso do grupo, aliás, essa produção cristalina deu mais punch, com guitarras e baixo encorpados e uma bateria extremamente nervosa! As palhetadas estão certeiras e cortantes, apresentando um Thrash de primeira, contrastando com a pitada de modernidade que o vocal nos traz. As faixas estão bastante energéticas e empolgantes, com refrões grudentos e viciantes – daqueles que você já canta junto na primeira audição! A cada mudança de faixa o queixo cai mais e mais, surpreendendo com a técnica apurada e o bom gosto nas composições. Não sei se alguém já usou isso, mas diria que é um disco simpático! A audição de “Legions” funciona perfeitamente para acompanhar uns goles de cerveja ou até mesmo para aturar o trânsito caótico do dia a dia. Difícil selecionar destaques nesse disco, que é bastante linear e conta com dez faixas (fora as duas bônus), mesmo assim diria que a faixa título “Legions”, “Chill My Bones” (primeiro single desse trabalho) e “Anno Requiem” são absolutamente insanas! O Artillery mostra que não importa o tempo ou a formação, a banda continua destroçando pescoços sem dó! E digo mais, o Thrash honesto deles é muito melhor do que certos “medalhões” vêm apresentando nos últimos anos. Não poderia deixar de agradecer a Shinigami Records por apostar em ótimos lançamentos como esse e disponibilizar algo de qualidade em um mercado complicado como o brasileiro. Vale a pena comprar e ouvir! Nota: 8,5