Por Pedro Humangous
Seja sincero, o que esperar de
uma banda cujo nome é Eternal Sex And War? A expectativa é de coisa boa! Pra quem nunca ouvir falar deles, o
logotipo com uma cruz invertida e um demônio já ajuda a decifrar o estilo de
som. A arte, muito bonita diga-se de passagem, com um pentagrama e mais
demônios alados, deixa claro que estamos diante de uma banda extrema, voltada
para o lado obscuro do Metal. A base da sonoridade desse power trio formado por
Thorshammer (vocal e guitarra), Gornhar (bateria) e Dr. Faustus (baixo), é o
Black Metal, mas com uma forte tendência ao Death Metal. Os riffs e a bateria são
sempre velozes e cortantes, contrastando com o vocal arrastado e cavernoso. A
produção de “Negative Monoliths” deixou o som bastante orgânico, sujo e com
aquela cara de banda old school. O legal é que eles não têm medo de
experimentar e em alguns momentos encaixam um Doom ultra pesado e em marcha
lenta, quase parando – como nas faixas “Endless Dogmatic Demolition” e “Hallucinated
By The Ungod Of Exile”. Quando apostam em composições mais Death Metal, soam
como um Vader no início de carreira, o que é bem interessante e nostálgico. O
som não é nada inovador, muito pelo contrário, soa datado e agrada a amantes do
estilo em sua raiz. Mesmo assim, apesar da gravação mediana, o trabalho agrada bastante. Ao todo são oito faixas densas, agressivas
e de tirarem o fôlego. Graças a uma parceria entre a gravadora alemã Quality Steel
Records e a brasileira Shinigami Records, agora podemos ter esse material em
nossas prateleiras, além de conhecer melhor o que a cena italiana é capaz de
oferecer. Um lançamento interessante, vale a pena procurar, você pode se
surpreender. Nota: 7,5
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