Por Pedro Humangous
Quase não acreditei quando soube que o novo
álbum dos italianos do Fleshgod Apocalypse seria lançado no Brasil. A parceria
entre a Nuclear Blast e a Shinigami tem rendido excelentes frutos para o
mercado nacional. “King” é o quarto trabalho na brilhante carreira da banda,
que cresce mais a cada novo lançamento. O grupo se firma como um dos
grandes nomes do cenário mundial, sendo uma das bandas mais inovadoras da
atualidade. Acredito que seja dispensável apresentar a banda, mas para aos
desavisados que ainda não pararam para ouvi-los, estamos diante de uma banda
super extrema e técnica, que abusa do Death Metal veloz e agressivo, sem deixar
de lado seu lado melódico e principalmente transbordando as composições com
orquestrações. Li várias resenhas comparando o som deles ao de bandas como Septicflesh
e Dimmu Borgir, mas me desculpem, em nada se parecem com o Fleshgod Apocalyspe.
O que temos aqui é único. As músicas são belíssimas, mesmo em forma tão
maléfica, são como uma trilha sonora do fim do mundo. As orquestrações e os
coros de vozes são hipnóticos e muito bem trabalhados para que se encaixem
perfeitamente ao instrumental, sem sobrepor, mas sendo uma das principais peças
desse quebra cabeça. Dois pontos que merecem destaque são os absurdos vocais de
Tommaso Riccardi (que também assume as guitarras) responsável pelos cavernosos
guturais e Paolo Rossi (baixista) que canta as partes limpas, além das linhas
inacreditáveis de bateria – gravadas pelo guitarrista Francesco Paoli. O álbum
é composto por doze faixas, todas empolgantes, velozes e matadoras, graças à
boa produção, mixagem e masterização – essas duas últimas atribuições dadas ao
experiente sueco Jens Bogren. O encarte e a capa são um capítulo à parte, uma
verdadeira obra de arte feita por Eliran Kantor. Um álbum incrível de ponta a
ponta, empolgante e viciante, como todo disco de Metal deve ser! Nota: 9,0
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