domingo, 29 de janeiro de 2017

Review: Freedom Call – Master Of Light


Por Pedro Humangous


Os criadores do Happy Metal (se é que esse termo um dia existiu) estão de volta com seu nono álbum de estúdio, intitulado “Master Of Light”. Bem, não queria ter que mencionar isso, mas ficou bem óbvio né? Que escolha foi essa para a arte da capa? Séria candidata a pior capa de todos os tempos. Eu adoro o início da carreira do Freedom Call, com álbuns fantásticos como “Stairway To Fairyland”, “Crystal Empire” e “Eternity”, todos clássicos do Melodic/Power Metal. Em “Legend Of The Shadowking”, de 2010, os alemães começaram a mudar sua sonoridade, fazendo músicas pouco inspiradas e mais genéricas, presos em sua própria fórmula. O som morno continuou em “Land Of The Crimson Dawn” e “Beyond”, fazendo com que a banda, apesar de sempre ativa, desse uma sumida no cenário mundial. E quase perdendo as esperanças com a banda, eis que surge “Master Of Light”, lançado no final do ano passado e chegando agora ao mercado brasileiro através da Shinigami Records. E não é que as coisas melhoraram aqui? Sim, eles resgataram um pouco da essência de seus primeiros discos, trazendo novamente os riffs inspirados, o bumbo duplo a toda velocidade e os refrãos grudentos com letras ultra clichês – mas que funcionam! Com pitadas de Hard “farofa” oitentista (ouça “Hammer Of The Gods”, por exemplo), a banda agregou o melhor de bandas como Gamma Ray, Blind Guardian, Hammerfall e Helloween, porém, ainda soando como o bom e velho Freedom Call. As guitarras gêmeas estão fantásticas, trazendo de volta o sorriso no rosto dos amantes do Power Metal – confira a faixa “Kings Rise And Fall”. A música de abertura, “Metal Is For Everyone”, apesar de bobinha, é um belo pontapé inicial e começa bem o álbum com um refrão poderoso e viciante, lembrando os melhores momentos de “Eternity”. Gostei que a banda resgatou seu lado mais épico, retomando suas letras fantasiosas, deixando um pouco de lado o modernismo que assolou seus discos mais recentes e, apesar de continuarem fazendo seu Metal “feliz”, estão mais sérios nestas composições. Existem alguns escorregões e alguns flertes com essa fase estranha que viveram como a fraca “Ghost Ballet” e seus teclados/sintetizadores super equivocados e um refrão vergonhoso. “Rock The Nation” também parece composição para encher linguiça, chata, sem graça e juvenil. Felizmente consertam as coisas nas duas últimas, retomando o lado brilhante que fez com que a banda ganhasse destaque mundial. Não é um disco sensacional, mas certamente é um trabalho que coloca o Freedom Call de volta aos trilhos, trazendo de volta o interesse dos antigos fãs pela banda, dando um passo importante para subir o nível previamente conquistado e há longo tempo estagnado. Eles estão felizes e nós também!


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