domingo, 1 de janeiro de 2017

Review: Sonata Arctica – The Ninth Hour


Por Pedro Humangous

O Sonata Arctica passou pelo fenômeno de grande banda que deu suas “deslizadas”, perdendo sua base antiga de fãs e conquistando novos. O grupo teve mudanças consideráveis em sua formação, fato que evidentemente alterou sua forma de compor. Com o tempo foi se distanciando de suas raízes, soando cada vez mais polido, mais sério e maduro. O Power Metal veloz e melódico de outrora deu lugar a um som mais simples e direto, flertando com o AOR, o Prog e até mesmo o Pop. Teve gente que gostou, teve gente que odiou. Eu mesmo adorava a banda no começo da carreira e a partir do “Unia” (2007), parei de acompanha-los. Em “Pariah’s Child” (2014) tentaram resgatar sua sonoridade mais antiga, porém, não tiveram tanto sucesso como esperado. O que deveríamos então esperar desse novo trabalho “The Ninth Hour”? Infelizmente, nada mudou drasticamente. Continuam fazendo um mix de seus trabalhos mais recentes, com composições “comportadinhas” demais, naquele mid-tempo, com uma notória ausência de agressividade no som, parece aquele time de estrelas que entra em campo fazendo corpo mole, dispostos a empatar o jogo. Então o disco é uma completa porcaria? Obviamente que não, existem bons momentos. Não é porque o Sonata não soa mais como o Sonata que gostaríamos de ouvir, que faz com que o álbum seja ruim. Apenas não é tão sensacional como poderia ser. A maravilhosa capa já faz com que esse trabalho ganhe pontos extras – belíssima direção de arte, fotografias, lindo encarte, tudo embalado em um luxuoso digipack. As duas primeiras faixas ganharam vídeo e foram divulgados pela Nuclear Blast, além de “We Are What We Are”, uma balada bonitinha, mas sem sal. Talvez “Life” tenha sido a melhorzinha dentre as escolhidas, só não digeri muito bem o refrão "La la la laaaa lala lala la la la!". “Fairytale” deu uma bela melhorada na audição, uma música mais pra cima, animada e mais veloz, com um timbre interessante das guitarras, lembrando um pouco do que o Almah vem fazendo. O disco segue intercalando faixas velozes (e boas) com outras lentas (e melancólicas), fazendo com que a audição seja bem balanceada. O finalzinho do álbum é de dar sono e o cover de “Run To You” do Bryan Adams ficou perdido ali, sem muita necessidade. “The Ninth Hour” se mostra um disco repleto de altos e baixos, mostra uma banda ainda confusa sobre sua verdadeira identidade musical, misturando de tudo um pouco que sua carreira já apresentou. Espero que o Sonata Arctica finalmente encontre seu caminho e possa dar firmes passos para continuarem, seja lá qual for o estilo que decidam seguir.


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